Comigo não, isto não vai acontecer!

30/04/2012 12:55

Cel Luiz Eduardo Hunzicker

Uma velha profetiza inglesa disse, há muito tempo: carruagens sem cavalos surgirão e trarão às pessoas muita dor e aflição. Isto trata diretamente dos acidentes de trânsito que continuam a resultar em vítimas fatais.

Na semana passado dois casos chamaram a atenção de todos: o primeiro, o cantor Pedro, filho do famoso Leonardo, ao retornar de um evento, na madrugada, tombou violentamente o carro que dirigia e está há muitos dias na UTI, sofrendo e fazendo sofrer seus pais e a sua família com a incerteza dos resultados das lesões sofridas na cabeça, tórax, abdômen e pernas. Não ocorreu a fatalidade, porém deverá passar por uma longa e dolorosa recuperação.

O segundo caso, cinco jovens, estavam deslocando-se pelo interior da Bahia, por uma rodovia com pavimento ruim, sinalização encoberta pelo mato, acostamento sofrível, enfim, estavam deslocando-se por uma rodovia igual a muitas que existem por este Brasil: em péssimas condições. Numa curva o condutor perdeu o controle do veículo que após tombar acabou caindo com as rodas para cima num terreno alagado: resultado de 100% de fatalidade, isto é, cinco ocupantes jovens, cinco mortes. Resultado trágico. A Polícia Rodoviária Federal esclareceu: rodovia ruim e alta velocidade, resultado péssimo.

Quando em uma viagem encontramos uma rodovia de pavimento liso, ondulado e com deformações; sinalização encoberta pelo mato, acostamento deficiente ou mesmo sem acostamento, qual a primeira medida a tomar? Certamente é reduzir a velocidade, pois se a 80 Km por hora você tem um tempo maior de se safar de um imprevisto, a 120, 130 ou 140 Km por hora, o tempo para a autodefesa fica muito curto. É recomendável que esta análise de risco seja feita antes que algo de ruim aconteça.

Conforme já foi mencionado em matérias anteriores, as coisas à nossa frente no trânsito podem mudar muito rapidamente. Sendo assim, aquele que dirige usando o conceito da obediência voluntária o que é representado pela prudência, respeito às regras e às condições adversas de clima, do tempo, do pavimento, da sinalização, da rodovia de duplo ou único sentido.
No entanto existem aqueles que mesmo com todos os fatores adversos acima citados, insistem na velocidade e nas ultrapassagens arriscadas expondo-se e aos outros também a riscos perfeitamente evitáveis.

De nada adianta dizer: a estrada é muito ruim. Ora, se a estrada ou a rodovia é ruim, menor ainda deve ser a velocidade. A fragilidade do corpo humano não diminui por estar dentro de um carro. O corpo humano, muitas vezes, tão forte contra as doenças, é muito frágil contra os traumas do trânsito. Nos anos de 2009, 2010 e 2011, segundo informações do DETRAN, as fatalidades no trânsito aconteceram em cerca 80% nas rodovias. Então, do início ao final da viagem: seriedade e obediência voluntária.

Obediência Voluntária: você é o melhor fiscal de si mesmo. Antes da viagem: manutenção do veículo. E não esqueça que, mesmo você trafegando regularmente e conforme as normas e regras, há um perigo flagrante nas rodovias: condutores de caminhões dirigindo turbinados, os quais podem cometer falhas que acabam lhe colocando em maus lençóis. Portanto, a sua postura de segurança ao dirigir em rodovias deve prever até esta possibilidade.

E esta questão de que comigo não vai acontecer, tomara que não aconteça mesmo, mas para isso é preciso cuidar de si mesmo e dos outros, de forma que a defesa seja possível.

Fonte:Portal do Trânsito

 

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